terça-feira, 10 de novembro de 2009

Geografia 2°EM Vol 4

GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 2a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A TECTÔNICA DE PLACAS E O RELEVO BRASILEIRO
VERSÃO PRELIMINAR
Leitura e Análise de Tabela

Página 3

1. A expectativa é que os alunos se refiram à intensidade dos terremotos e às perdas
humanas e materiais. Observando as tabelas, os estudantes têm instrumentos
suficientes para compreender por que os terremotos no território brasileiro não ficam
em nossa memória: porque eles praticamente não deixam marcas nos espaços
humanos, visto que o maior deles alcançou 6,6 graus na Escala Richter e ocorreu
numa região pouco habitada na época, não ocasionando danos graves.
2. Diferentemente do terremoto ocorrido no litoral do Espírito Santo em 1955, esperase
que os alunos indiquem que, enquanto o primeiro ocorreu em área desabitada, o
segundo atingiu uma área urbana de concentração populacional. Além disso, é
preciso levar em conta que, em L’Áquila, parte da área afetada foi edificada na Idade
Média – e que, portanto, a estrutura da cidade era desprovida de materiais e técnicas
resistentes aos abalos sísmicos. Estes elementos podem ser indícios relevantes para
explicar o número de vítimas na Itália.
Leitura e Análise de Texto, Mapa e Quadro

Página 5

1.
a) Terremotos e erupções vulcânicas.
b) O interior do planeta é inatingível fisicamente, e todas as informações de que se
dispõe são indiretas e difíceis de interpretar.
c) A grande conclusão a que se chegou é que a crosta terrestre é dinâmica, vem-se
transformando ao longo do tempo da natureza e essa transformação pode ser
explicada com base na Teoria das Placas Tectônicas.

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d) A crosta terrestre é uma fina casca sólida sobre o magma, mas que não é
contínua; ao contrário, trata-se de uma justaposição de placas que se movimentam
sobre o magma e, nessa movimentação, localiza-se boa parte das explicações sobre a
fisionomia atual da superfície terrestre.
e) Uma referência-chave para essa interpretação baseia-se na Teoria da Tectônica das
Placas. De acordo com essa teoria, há mais de 250 milhões de anos os blocos
continentais atuais (Eurásia, África, América do Norte, América do Sul, Austrália e
Antártida) não existiam individualmente, pois todos estavam juntos e formavam um
único e gigantesco bloco: a Pangeia (ou seja, “toda a Terra”). Desse ponto do
passado para cá, esse bloco foi-se fragmentando, dando origem aos continentes
atuais. Nesse processo, os intervalos que surgiram entre os fragmentos continentais
foram preenchidos pelas águas, o que resultou no que denominamos oceanos:
Pacífico, Atlântico, Índico etc.
f) Porque a Pangeia era formada de placas que se movimentavam, e ainda estão em
movimento. Assim, a aparente estabilidade da crosta é apenas isso: é aparente.

2. A oeste, a Placa Sul-americana encontra-se limítrofe à Placa de Nazca, ao norte faz
contato com as Placas Caribenha e Norte-americana, a leste com a Placa Africana, ao
sul com a Placa Scotia e, a sudoeste e a sudeste, com a Placa Antártica.
3. As áreas de maior risco de ocorrência de terremotos na América do Sul estão na
porção oeste do continente, zona de atuação da Placa de Nazca, e na porção nordeste
do território brasileiro, que compreende o estado do Rio Grande do Norte e, com
menor risco, parte de Pernambuco e do Ceará.
4.
a) Espera-se que as respostas sejam mais ou menos as seguintes:
• Terremoto, novembro de 2007, em São Paulo: seu epicentro foi no Chile (se
necessário, deve ser usado um mapa-múndi de divisão política) e pode-se notar que
esse ponto encontra-se na área de contato da Placa Sul-americana com a Placa
Nazca.
• Terremoto, dezembro de 2007, em Itacarambi (MG): como o epicentro foi no
próprio local, percebe-se que ele se deu quase no meio da Placa Sul-americana.

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• Terremoto, abril de 2008, em São Paulo: seu epicentro foi há 250 quilômetros da
costa brasileira, no Oceano Atlântico, e ocorreu no limite da plataforma continental
com a crosta oceânica (ambas componentes da placa Sul-americana).
b)
• As placas se encontrarem e se chocarem (movimento convergente).
• As placas se afastarem (movimento divergente).
• As placas não se encontrarem nem se afastarem, logo não provocam destruição,
porque fazem movimentos paralelos (movimentos transcorrente e/ou conservativo).
LEITURA E ANÁLISE DE MAPAS E QUADRO

Página 11

1. Há 225 milhões de anos, a Pangeia começa a se fragmentar e, depois, 135 milhões de
anos atrás, um grande bloco no sul do planeta (Gondwana), que já se havia
desprendido da Pangeia, começa a se romper. No seu interior, inicia-se a abertura do
Oceano Atlântico, separando o que viriam a ser os continentes América do Sul e
África. Trata-se da Placa Sul-americana, que antes era colada à Placa Africana, que
então se desloca para o oeste.
2. Aguarde para breve.
3. No relevo da América do Sul, o resultado foi a portentosa Cordilheira dos Andes, em
sua borda oeste, e, no território brasileiro, deixou alterações gerais que variaram
segundo a condição da geologia dos terrenos. Um fato notável para a região Sudeste,
especificamente para o estado de São Paulo, são as falhas geológicas expressas nas
escarpas da Serra da Mantiqueira e da Serra do Mar. As alterações são difíceis de ser
demonstradas, e mais difícil ainda é distingui-las das formas de relevo anteriores a
esse momento de orogenia na borda oeste da placa. Após esses eventos, nenhum
tectonismo importante atingiu a Placa Sul-americana; logo, o território brasileiro,
assim como suas formas de relevo atuais, tem no processo erosivo a sua principal
força dinâmica.
4. Aguarde para breve.

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Leitura e Análise de Mapas, Quadro e Escala

Página 13

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2. A sequencia é (D), (B), (A) e (C).
LIÇÃO DE CASA


Página 17

1. A atividade do interior da Terra chega até a superfície nas áreas descontínuas da
crosta terrestre, como as zonas de contato das placas tectônicas. Por essa razão, os
terremotos e o vulcanismo são mais intensos nessas áreas. Mas a atividade interna
pode se fazer sentir também em pontos frágeis do meio das placas, que é o caso
mencionado da Placa Sul-americana, já sabidamente frágil no segmento de crosta
oceânica.

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VOCÊ APRENDEU?



Página 18

1. Alternativa c. No Brasil, não houve eventos sísmicos importantes nos últimos 60
milhões de anos, diferentemente dos países que se encontram na borda oeste da Placa
Sul-americana, como o Chile, o Peru etc.
2. Aguarde para breve.

GABARITO
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

AS FORMAS DO RELEVO BRASILEIRO E AS FUNÇÕES DAS
CLASSIFICAÇÕES


Para começo de conversa

Página 19
Relevo: forma da Terra, modelado, que resulta da interação das forças internas
(tectônica) e das forças externas (erosão no sentido amplo).
Modelado: considerado um sinônimo informal de relevo, é a forma da Terra ou,
então, a “epiderme” da Terra.
Geomorfologia: trata-se de uma das áreas que compõem a Geografia Física, ao lado
da Climatologia, Hidrografia e Biogeografia. Seu objeto de estudo é justamente o
relevo, tanto dos blocos continentais quanto do fundo oceânico. Seus objetivos são
medir, descrever as formas e explicar as origens e a evolução do relevo.
Topografia: conjunto de saberes técnicos que contribuem para apreender o espaço
segundo a localização e a medida dos objetos geográficos visíveis (aqui se encontram as
estruturas do relevo e, também, os rios, os objetos construídos pelo ser humano etc.).

Leitura e Análise de Texto

Página 20

1. Espera-se que os alunos destaquem as forças tectônicas, o clima e a erosão. Portanto,
a configuração das montanhas resulta da interação entre os processos tectônicos,
climáticos e erosivos.
2. Essas interações possibilitam explicar a altura máxima
das montanhas, além de
permitir mensurar o tempo necessário que a natureza levou para esculpir ou destruir
uma cadeia inteira de montanhas.
3. Concluíram que a erosão é a principal força que configurou as cadeias montanhosas
tal como as observamos atualmente. Dessa forma, eles chegaram à conclusão de que

GABARITO
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minúsculas gotas de chuva são responsáveis por boa parte da fisionomia e da altura
das cadeias montanhosas.

4. No encontro das placas tectônicas Sul-americana e de Nazca, fala-se em destruição
da borda da placa, mas também se pode falar em construção de relevo, mais
propriamente da Cordilheira dos Andes. Na área de divergência das placas Sulamericana
e Africana, há emissão de magma para a superfície, que, ao se solidificar,
tem efeito construtivo: faz crescer as duas placas, ampliando a crosta oceânica, e
origina cadeias montanhosas no fundo do Oceano Atlântico, como a Dorsal Meso-
Atlântica. Nesse caso, constrói-se placa e constrói-se relevo submarino. Na
superfície terrestre, a erosão é uma força destrutiva de relevo, podendo, ao longo de
milhões ou bilhões de anos, arrasar uma cadeia montanhosa completamente. Mas, se
estivermos pensando apenas nas formas de relevo, a erosão pode ser considerada
uma escultora, que desenha formas, mas uma escultora insatisfeita, que vai
esculpindo até nada mais sobrar. Porém, ao mesmo tempo que destrói, a erosão
constrói outros relevos, e é a causa da deposição de sedimentos em áreas mais
baixas, dando origem a planícies, por exemplo.
5. A erosão remove; desgasta; transporta os resíduos; e os deposita em
outras
localidades mais baixas.
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Médias altitudes; formas planas e também irregulares; origem
tectônica ou erosiva.
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Baixas altitudes; formas planas; origem erosiva, deposição de
sedimentos.
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Altitudes elevadas; formas irregulares; origem tectônica,
esculpida pela erosão.
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Baixas altitudes; formas planas, com inclinações nas bordas;
origem erosiva.


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Leitura e Análise de Mapa

Página 22

O território brasileiro não possui grandes altitudes, não tem eventos tectônicos
recentes, é muito trabalhado pela erosão e tem quase 99% de sua extensão formada por
terrenos de menos de 1 200 metros de altitude: 41% têm de 0 a 200 metros e 58,5%
chegam a até 1 200 metros.

LIÇÃO DE CASA



Página 23

As formas de relevo podem ser trabalhadas em combinação com outros elementos da
paisagem, tais como as formações vegetais e as condições climáticas. Esse é o caso de
uma classificação bastante interessante e muito conhecida criada pelo geógrafo Aziz
Ab’Saber, denominada Domínios morfoclimáticos. Trata-se também de uma
representação qualitativa que diferencia compartimentos.

VOCÊ APRENDEU?



Página 24

1. Não. No Brasil existem planaltos, depressões e planícies, mas já não se encontram
cadeias montanhosas, pois as anteriormente existentes foram muito erodidas durante
um tempo longuíssimo e hoje são classificadas como planaltos.
2. Predominam as baixas altitudes de forma quase que total. Mais de 99% do território é
formado por altitudes inferiores a 1 200 metros. A princípio, isso se deve ao fato da
não ocorrência recente de eventos tectônicos importantes e, também, ao longo
processo erosivo de milhões e milhões de anos sobre as formas anteriores. Isso serve
para atestar a força da erosão como processo fundamental na configuração do relevo.
3. Alternativa e. Como o próprio nome diz, planícies são terrenos planos ao nível mais
baixo da superfície – na beira-mar, por exemplo –, e seus terrenos são sedimentares.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
ÁGUAS NO BRASIL: GESTÃO E INTERVENÇÕES



Leitura e Análise de Texto e Tabela

Página 26

1. O modo como os estudantes vão responder, como sempre, deve fornecer indicativos
sobre como esse tema está presente na formação deles, no controle que possuem
sobre as informações mais importantes, e assim por diante. No caso, é fundamental
que eles manifestem, no mínimo, uma desconfiança saudável em relação a
afirmações muito otimistas nessa área. A questão da gestão e do uso de recursos
naturais está sempre cercada de muita complexidade, pois são vários os elementos
que interferem e, por vezes, o fato de um país ter boa disponibilidade de um dado
recurso não garante grande coisa de início.
2. Problemas relativos ao uso da água como recurso natural
• Problemas de abastecimento nas grandes cidades: escassez; dificuldade de
tratamento; áreas de mananciais habitadas e degradadas; áreas de captação muito
distantes; custos elevados do sistema de captação, tratamento e distribuição.
• Problemas de poluição das águas: rios contaminados ao longo de seu curso por
atividades econômicas, por falta de saneamento básico, pelo recolhimento de esgotos
domésticos etc.
• Desperdício da água: crença ingênua numa abundância sem custos; gastos
absurdos de água potável e tratada para lavar automóveis, o que é apenas um
exemplo entre muitos outros.
• Áreas muito povoadas versus escassez hídrica: o Semiárido nordestino, com
excesso de população para suas condições.
• Barragens nos rios: acúmulo de sedimentos; alteração negativa da vida da
fauna fluvial; aumento da evaporação e desperdício das águas.

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Leitura e Análise de Mapa e Tabela

Página 28

Em comparação com outras áreas mais habitadas, fica evidenciado que as porções
brasileiras mais populosas, urbanizadas e industrializadas apresentam menor
disponibilidade de vazão de água. Sugere-se analisar com os alunos dois aspectos: de
um lado, a questão da pressão hídrica resultante das pressões populacionais, o que
produz estresse hídrico em algumas regiões, principalmente no Sudeste. De outro lado,
porém, vale ressaltar a disponibilidade de água subterrânea encontrada nos aquíferos.

PESQUISA INDIVIDUAL

Página 30

Aguarde para breve.

PESQUISA EM GRUPO

Página 31

Para orientar o trabalho dos grupos, considere com a sala a questão da escala da obra:
quando se interfere no curso de um rio tão grande quanto o São Francisco, que percorre
distâncias de grande magnitude e influencia uma vasta bacia hidrográfica, assim como o
relevo da região, o meio ambiente com suas formações vegetais e fauna, são muitas as
variáveis envolvidas. As consequências de uma obra dessas (até mesmo sociais e
econômicas) não podem ser previstas com segurança. Uma demonstração disso é que
existem opiniões de todos os tipos a respeito: umas contrárias, outras favoráveis, vindas
de todos os lados, de engenheiros, de ambientalistas, de geógrafos, de geólogos, de
especialistas em hidrografia etc. Aqui vale lembrar uma fábula para estimular a
reflexão: o aprendiz de feiticeiro. De acordo com essa fábula, conhecida e repetida
muitas vezes na literatura e no cinema, por meio de diversos personagens, a confiança
excessiva no poder da mágica (no caso do Rio São Francisco, confiança no poder da
técnica) pode levar os aprendizes a perder o controle do que fazem.


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A ideia aqui é que os estudantes procurem levantar, em sua pesquisa inicial, opiniões
e pareceres sobre a obra e que leiam e examinem com este objetivo principal: a
segurança e a certeza a respeito dos desdobramentos e consequências da obra. Um
detalhe é muito importante para a análise do texto: se os argumentos estiverem cheios
de “pode ser que”, “é provável que”, “não se sabe quanto”, “é possível que”, “se tudo
der certo”, e outras expressões do gênero, isso indica desconfiança. Por fim, os alunos
devem avaliar e colocar em seus relatórios quanto de incerteza uma obra dessas pode
comportar, quanto vale a pena correr o risco de uma intervenção que pode salvar ou
melhorar vastas áreas, mas também pode ser um imenso desastre.

Leitura e Análise de Texto

Página 32

1. A Constituição de 1988 estabelece que praticamente todas as águas são públicas.
Dependendo da localização do manancial, todas as águas são consideradas bens de
domínio da União ou dos Estados.
2. Não há acompanhamento sistemático das condições de poluição dos sistemas
hídricos. Há apenas dados disponíveis relativos a algumas regiões mais críticas. Os
poucos programas articulados de combate à poluição dos sistemas hídricos estão
restritos à área de saneamento urbano e também não há sistemas articulados sobre
bacias hidrográficas que permitam a adoção de medidas mais estruturadas de
combate à poluição hídrica.
3. Os órgãos estaduais do meio ambiente, em razão de suas dificuldades financeiras,
têm tido uma atuação bastante limitada nesse campo.
4. É indispensável estabelecer uma política de gestão integrada de recursos hídricos
para resolver os conflitos de interesses com relação ao uso da água, representados
pelo setor hidrelétrico, pelos complexos industriais, pela necessidade de
abastecimento urbano e pela irrigação, principalmente.

GABARITO
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LIÇÃO DE CASA



Página 33

Bacias hidrográficas são sistemas naturais de drenagem das águas, que, obrigadas
pelos divisores de águas do relevo, escoam numa direção descendente. O escoamento
conduzido pela força gravitacional acaba dando uma estrutura padronizada às bacias
hidrográficas, sempre compostas de um rio principal e de seus afluentes. As principais
bacias hidrográficas do Brasil são: Bacia Amazônica, Bacia São-franciscana, Grande
Bacia Platina e Bacias Litorâneas.

VOCÊ APRENDEU?



Página 34

1. De fato, o que se pretende, e que é algo que vem sendo acalentado há muito tempo
em nosso país, é a realização de uma grande obra que redistribua os recursos hídricos
em áreas marcadas pela escassez, recursos estes que estão naturalmente
concentrados.
2. Recursos minerais, pesqueiros, florestais e a própria água podem ser objeto de
apropriação privada.
3. As grandes cidades brasileiras apresentam
problemas no que diz respeito ao
abastecimento dos recursos hídricos. Vamos dar o exemplo de São Paulo: mananciais
poluídos, bairros clandestinos com grande densidade demográfica instalados nas
áreas desses mananciais; água captada em lugares distantes; tratamento
excessivamente custoso; rede de distribuição interna precária, com grande volume de
desperdício; rios demasiadamente poluídos, destruídos e subaproveitados pelas
grandes cidades.

GABARITO
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS: O “ESTADO DA ARTE” NO
BRASIL

Leitura e Análise de Texto

Página 35

1. O
conceito foi criado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, das Nações Unidas. O desenvolvimento sustentável é aquele capaz
de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender
as necessidades das gerações futuras.
2. Como
ponto básico para a implementação das estratégias propostas, são
estabelecidas as seguintes premissas:
a) participação;
b) disseminação e acesso à informação;
c) descentralização das ações;
d) desenvolvimento da capacidade institucional;
e) interdisciplinaridade da abordagem da gestão de recursos naturais, promovendo
a inserção ambiental nas políticas setoriais.
Deve-se ressaltar que todas essas premissas partem do princípio de que os recursos
naturais são bens que têm uma dimensão pública, e que devem ser tratados assim;
por isso, a proposição da máxima participação dos cidadãos. Caberá a você
assegurar-se de que essa ideia fique bem compreendida pelos alunos.
3.
• Conhecimento específico sobre os fatores naturais como recursos potenciais
inseridos em um ecossistema;
• Conhecimento específico quanto ao estado (natural ou transformado) desses
fatores;
• Definição precisa de unidades de análise e, dentro destas, das inter-relações e
sinergias que ocorrem entre os fatores bióticos e abióticos.

GABARITO
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Conforme os princípios da sustentabilidade, são bens públicos e devem ser tratados
como tal. Além disso, aponta a importância do conhecimento do meio natural e de
algo bastante discutido em Cadernos anteriores: as interações entre os meios
abióticos (domínios naturais = litosfera + hidrosfera + atmosfera) e o meio biótico
(meio ambiente = domínios naturais + vida). Do mesmo modo que em relação à
primeira ideia, você precisará buscar garantir a clareza dessa segunda ideia,
lembrando que clareza não significa concordância.

PESQUISA EM GRUPO

Página 37


O recurso solo: no Brasil, o solo é mais usado pela agropecuária. No entanto, mais
de um terço (35,3%) do território é inadequado para as atividades agrícolas e para a
pecuária. Apenas 4,2% são solos de boas características, ou seja, solos profundos,
bem drenados, predominantemente de textura média ou argilosa, com fertilidade
natural... São 35 milhões de hectares nessas condições. No Brasil, os solos não são
bem tratados, pois perdas importantes são notadas, e áreas em estado crítico são
muito comuns. O conhecimento sobre a dinâmica dos solos e sobre as formas de
conservação é crescente, mas a legislação e a fiscalização de proteção são frágeis.

Os recursos hídricos: um pouco sobre isso já foi trabalhado na Situação de
Aprendizagem 3, mas a pesquisa pode ser bem mais ampla; há muito o que saber e
informar a respeito das águas subterrâneas (por exemplo, mais de 60% dos
municípios brasileiros são abastecidos por águas subterrâneas) e das políticas de
proteção a este recurso.

Os recursos oceânicos e das zonas costeiras: representam, em termos de paisagem,
recursos turísticos, mas são também fontes de alimentação e áreas de mineração,
como a extração de petróleo. O Brasil possui uma costa imensa (7 367 quilômetros),
com várias grandes cidades, e é grande também a preocupação com a poluição dessas
áreas, que ameaça a fauna marítima e produz outros prejuízos graves a esse
manancial de recursos.

Os recursos biológicos (da diversidade biológica): as espécies vegetais
desconhecidas podem beneficiar a humanidade de diversas formas, com aplicações

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na indústria farmacêutica, na culinária etc. Além disso, vale aqui o novo princípio
ético de respeito à vida das outras espécies. O que a humanidade já perdeu de
recursos desse meio é incalculável. Políticas de preservação e de gestão de recursos
já existem (políticas de Unidades de Conservação), mas, no Brasil, a implementação
encontra grandes resistências, pois não se enxerga aproveitamento econômico nas
florestas, nem se vê sentido em preservar as formações por motivos éticos.

LIÇÃO DE CASA



Página 38

Espera-se que os alunos identifiquem argumentos presentes nas apresentações e em
tudo o que foi trabalhado até o momento, como os problemas relativos à forma de
gestão pública dos recursos, os interesses econômicos, as demandas socioeconômicas e
também as atitudes ambientalmente predatórias, que devem ser levadas em conta na
elaboração dos textos.

VOCÊ APRENDEU?



Página 39

1. Alternativa b. Recursos naturais não são óbvios. São escolhas humanas de usos da
natureza. À exceção de alguns, como a água, o que é recurso natural para um grupo
humano pode não ser para outro; o que não era recurso natural num período histórico
pode vir a ser fundamental em outro (como é o caso do petróleo).

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